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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Fabula do remador - Uma fábula sobre a difícil arte de organizar o trabalho


Conta a história que em 1994 houve uma competição entre as equipes de remo do Brasil e do Japão. Logo no início da competição, a equipe japonesa se distanciou e completou o percurso trinta minutos antes da brasileira.

De volta ao Brasil, o Comitê Executivo de Remo se reuniu para avaliar o fracasso e verificou que a equipe japonesa era formada por um chefe de equipe e dez remadores. A equipe brasileira era formada por um remador e dez chefes. O problema passou para a esfera do Planejamento Estratégico visando à reestruturação da equipe para o ano seguinte.

Em 1995, novamente, o Japão venceu e desta vez a equipe brasileira chegou com uma hora de atraso. Foi feita nova análise do fracasso que mostrou o seguinte:

1) a equipe japonesa continuava com um chefe e dez remadores;
2) a equipe brasileira, após as mudanças sugeridas pelo Planejamento Estratégico, era formada por:
     a) um chefe de equipe;
     b) dois assistentes de chefia;
     c) sete chefes de departamento;
     d) um remador.

A conclusão do Comitê que analisou as causas do novo fracasso foi unânime: o remador era incompetente!
Em 1996, nova competição. O Departamento de Tecnologia e Negócios colocou em ação um plano para vencer os japoneses, baseado nas mais modernas técnicas de gestão. Os brasileiros, desta vez, iriam humilhar os japoneses.
O resultado foi catastrófico. O Brasil chegou com três horas de atraso! As conclusões do Comitê desta vez revelaram o seguinte:

1) a equipe japonesa continuava com um chefe de equipe e dez remadores;
2) a equipe brasileira utilizou a seguinte composição vanguardista:
    a) um chefe de equipe;
    b) dois auditores de Qualidade Total;
    c) um assessor de empowerment;
    d) um supervisor de downsizing;
    e) um analista de procedimentos e não-conformidades;
    f) um analista de sistemas;
    g) um controller;
    h) um chefe de departamento;
    i) um controlador de tempo;
    j) um remador.

Depois de vários dias de análise, o Comitê resolveu castigar o remador e, para isso, aboliu “todos os benefícios e incentivos em função do fracasso”. Depois resolveu trocar de remador, utilizando um terceirizado, para não terem mais despesas com pessoas porque “o projeto estava ficando num custo abusivo e não estava dando os resultados esperados”.
Qualquer semelhança com alguma instituição, empresa ou país que você conheça, evidentemente é mera coincidência!

Retirado de : http://www.perspectivas.com.br/humor1.html

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